

Remoção de imóveis da margem de córrego de Guarulhos transforma terreno vazio em verdadeiro lixão
O entorno do Córrego dos Cubas, que é considerado por lei uma APP (Área de Preservação Permanente) e deveria estar livre da degradação, se transformou em uma grande dor de cabeça para a comunidade da Vila Rio de Janeiro, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Até agosto do ano passado, o trecho do córrego que corta o bairro, próximo à Avenida Salgado Filho, abrigava vários estabelecimentos comerciais, como madeireiras, marmorarias, serralherias e depósitos de materiais de construção. Após uma ação movida pelo Ministério Público Estadual, os comércios foram demolidos pela Polícia Ambiental. Em vez de a área ser revitalizada, o que se vê no local hoje é abandono, como constatou a Operação Bairro a Bairro do DIÁRIO na última quarta-feira (22).
Acumulando lixo, entulho, mato e atraindo pragas, a APP é classificada pela comunidade como uma grande piada. “Antes, (a área) servia para alguma coisa. Com a decisão de preservação, ela até parecia de grande importância, mas dá para reparar hoje que tanto faz”, disse Valter Pires, que frequenta a região há mais de 11 anos. “Preservar a dignidade da região sai caro e não dá retorno imediato (a governantes)”, reclamou o morador Carlos Antônio da Silva.
Moradores também tiveram suas casas inspecionadas pela Polícia Ambiental e não se conformam com as medidas. “Eu moro a 34 metros do córrego e corro risco de ter a casa derrubada”, disse uma moradora, que não quis se identificar. Imóveis a menos de 30 metros do córrego podem vir a ser alvos de ações de remoção para a recuperação da APP. Para Júlio Oliveira, que é vizinho do córrego, a decisão não tem sentido. “Para construir minha casa a prefeitura autorizou, mas agora querem ignorar isso”, afirmou. Outro problema é que, em sua passagem sob a Salgado Filho, o córrego transborda em dias de chuva, alagando a avenida.
Segundo a prefeitura de Guarulhos, os imóveis demolidos em agosto ocupavam mais de 40 terrenos particulares e a ação cumpriu uma decisão da Justiça. Ainda segundo a prefeitura, a construção dos imóveis foi autorizada no passado porque a legislação permitia. A prefeitura garantiu que faz a limpeza regular da área e a canalização do córrego já está contemplada no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, mas aguarda a liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
Para ver a matéria no próprio site do diário de SP acesse:
http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/14023/Area+de+preservacao%3A+dor+de+cabeca+na+Vila+Rio
Apesar de ter saído na matéria o nome do Bairro Vila Rio vejam que a foto é do Residencial Mazzei.
ResponderExcluirAquele local que era da Marmoraria virou um verdadeiro LIXÃO, uma vergonha!
Engraçado é que tiraram os comércios do local mas deram autorização pra construírem um prédio residencial, com cerca de mais de 50 apartamentos bem do outro lado do corrégo meses depois e a lei já existia né!!! Hoje oque vemos no lugar onde existiam os comércios é uma área abandonada pelo poder público, que serve de abrigo para usuários de droga o dia todos chegando inclusive a ocorrerem roubos aos pedestres que passam pelo local.
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